segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Oficina TP 1 - unidades 3 e 4

Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Município: Barra do Bugres - Pólo: Tangará da Serra
Data: 24/10/2009

O texto como ponto de partida no ensino da língua

Na oficina do TP 1, unidades 3 e 4, inicialmente propus algumas reflexões referente à ética.Trouxe abordagens do estudo de Howard Gardner no que se refere a essa questão.
Gardner, após balançar as bases da educação, defendeu, em 1984, que a inteligência não pode ser medida só pelo raciocíniológicomatemático, geralmente o mais valorizado na escola. Segundo o psicólogo norte-americano, havia outros tipos de inteligência sendo elas: a musical, espacial, lingüística, interpessoal, intrapessoal, corporal, naturalista e existencial. Hoje, seu foco de estudo está organizado no que chama de “Cinco Mentes para o Futuro”, em que a ética se destaca. Para ele, “não basta ao homem ser inteligente. Mais do que tudo, é preciso ter caráter”e “o planeta não vai ser salvo por quem tira notas altas nas provas, mas por aqueles que se importam com ele”. Todas as idéias com relação a esse novo trabalho está sintetizado em uma entrevista à revista Nova Escola. Abri esse momento na oficina por pensar que a ética deve ser assumida enquanto postura profissional, pois acredito que é também papel da escola formar cidadãos éticos.
Após essa pausa, voltamos a pauta da oficina, dessa vez abordando o texto como centro das experiências no ensino no ensino da língua e aspectos da intertextualidade. Ao pensar que conhecer outros textos é estar imerso nas relações intertextuais, isto é, o texto como produto de outro texto, que nasce de ou em outros textos, compartilhamos do poema “Tecendo a manhã”, de João Cabral de Melo Neto.
Assim podemos entender o texto como definem alguns autores: “Um texto é uma ocorrência lingüística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso." Ainda, que “o texto tem que ter alguns aspectos formais, ou seja, tem que ter estrutura, elementos que estabelecem relaçao entre si. Dentro dos aspectos formais temos a coesão e a coerência, que dão sentido e forma ao texto”.
Frisei com essas colocações que o interesse pelo estudo do texto e sua real importãncia é recente, mas já chama atenção de vários linguistas, que a base metodológica proposto pelo Gestar tem o texto como ponto de partida. O interesse pelo texto como objeto de estudo gerou vários trabalhos importantes de teóricos da Linguística Textual, que percorreram fases diversas cujas características principais eram transpor os limites da frase descontextualizada da gramática tradicional e ainda incluir os relevantes papéis do autor e do leitor na construção de textos.
Vencida essa etapa, partilhamos textos nos quais há fortes evidências de intertextualidade, sendo eles: “Outras Vidas”, “O carteiro chegou (Janet &Allan Ahlberg)”, “paródia” (propaganda usando o Hino Nacional) entre outros, todos com referência de intertextualidade. Percebe-se que a compreensão de uma charge de jornal, a leitura de um conto ou crônica, apontam para outras obras, e essa relação pode ser explícita ou implícita. O que devemos ter claro é que, no processo de compreensão e produção de textos, dependemos de nossas experiências de vida, de nossas vivências, de nosso conhecimento de mundo, ou seja, de nossas leituras. Fechamos essa parte, pincelando os conceitos de texto, discurso, textualidade e intertextualidade.
A partir desse momento, passamos à socialização das práticas, momento de reflexões teoria/prática. Foram apresentadas as atividades a seguir.
Professora Eunice, com o tema meio ambiente, explorou as paródias nos textos “ E agora José”, “Tropa de Elite”, diferenciou a paródia de paráfrase, e no seu depoimento, ela coloca que os alunos tiveram mais facilidade para parafrasear do que produzir as paródias, entretanto alguns conseguiram produzir suas paródias. Professora Dirce também parodiou o tema “natureza e a importância do estudo” com as músicas de Zezé de Camargo, música gospel (como Zaqueu), Cabocla Tereza. Professora Andréia, com filme Titanic, modificou aspectos do enredo fazendo a versão do filme. Parodiou também a música Chalana. As professoras: Núbia, Sueele e Dellker, elaboram atividades com os ditos populares (frases do dia-a-dia) e seus significados. Nessa atividade, alguns alunos demonstraram certa dificuldade na interpretação, relativa ao significado de alguns ditos populares. Professor Robson propôs reapresentar um assunto em carta, aviso ou pequena notícia de jornal, observando sua adequação à intenção, a destinatário/leitores, fazendo a reescritura, comentários e avaliação dessa produção.
Feito as apresentações, discussão e reflexões acerca das atividades do Avançando na prática, houve um momento de sugestões de leituras, além daquelas indicadas no caderno de teoria/prática, sendo elas:
• COSTA VAL, M. da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes, 1991. .
• KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; TRAVAGLIA, Luis Carlos. Texto e coerência. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
• PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto: leitura e redação. 3.ed. São Paulo: Ática, 1996.

Com essas considerações, finalizamos essa oficina, mas já nos preparando para a próxima.














































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