segunda-feira, 19 de outubro de 2009

TP 1 unidades 1 e 2 - oficina e práticas

Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres - MT - Pólo: Tangará da Serra
Data:

Língua: variantes, registro e gramática

Professores cursistas e professora formadora reúnem-se para dar continuidade às discussões acerca dos conceitos trazidos pelo estudo das TPs (caderno de teoria prática), leituras complementares e atividades dos AAAs ( caderno de apoio à aprendizagem).
Iniciamos nossa oficina com a leitura dos textos: “Lecionei a todos eles”- John White tradução e adaptação de Maria Aldina Furtado) e “ A escola Ensina para a vida?” de José Carlos Leal – Os Pássaros Selvagens , com o propósito de colocar em discussão a seguinte idéia: Diante da sociedade atual, qual é o papel da escola nesse novo contexto educacional?
Partindo dos objetivos do estudo das unidades 1 e 2 da TP 1, damos continuidade à nossa oficina, encaminhando uma sequência de questões que resumem o estudo, para que os cursistas pudessem refletir e socializar no grupo, abrindo assim uma discussão. Coloquei em pauta os seguintes questionamentos: como língua e cultura estão relacionadas? O professor de língua portuguesa deve levar em consideração aspectos da variação lingüística? E Qual a importância dessa postura? Como podem ser as formas de registro? O que dizer da norma padrão? Como devem ser trabalhadas as modalidades da língua? Como direcionar atividades de linguagem considerando o estudo das unidades em foco? E o lugar da literatura nas atividades de linguagem?
Levantadas as reflexões expostas acima, e como forma de contribuir para o estudo em pauta, língua/cultura/variação linguística, assistimos à uma apresentação em slide: Chico Bento em “O orador da turma”, objetivando mostrar aspectos da variação lingüística. A partir desse momento, cada cursista contribuiu com a discussão posicionando-se e, essa troca, o grupo pode crescer, consolidando a compreensão dos conceitos.
Continuando, encaminhei mais uma atividade da oficina, a parte lll. partimos para análise do seguinte texto: a crônica “A outra senhora”página 169 (uma proposta de estudo do texto página 170 e 171), partindo da idéia que esse texto apresenta problemas de escrita, segundo os critérios mais rígidos. E assim, novamente, abri para discussões e reflexões.
A partir desse momento passamos à socialização das práticas, atividades vivenciadas no contexto da sala de aula de cada um, e é esse o momento em que a empolgação toma conta de todos os cursistas, pois os mesmos conseguem visualizar o resultado de seus esforços na busca da qualidade na aprendizagem de seus alunos. Esse é um grande diferencial do programa gestar: possibilitar a aplicação teoria/prática, o que não ocorre quando há uma discussão teórica distante da realidade, fica a teoria pela teoria. A sistemática desse acompanhamento, com momentos para trocas, torna-se fundamental se queremos pensar em melhoria de ensino, e um programa com a dimensão que se propõe o gestar, não deve ser interrompido, e sim ser contínuo, pensando sempre na formação do professor.
Houve aplicação das seguintes atividades: Página 23, “Dicionário dos jovens”. Nessa atividade, o aluno é levado a perceber que “o sujeito aprende a sua língua em convívio com a família, amigos, enfim, pessoas que estão ao seu redor e participam do seu cotidiano. Cada um vai assimilando os usos lingüísticos daquele grupo, ainda que construindo a seu modo esse falar” (TP 1, página 23). Segundo os relatos, essa atividade foi bem interessante e houve envolvimento total dos alunos.
Alguns cursistas aplicaram a atividade da página 30. Nessa atividade, o professor, através da leitura de um texto, explora aspectos da significação, a partir da forma de contar ou ler. Ênfases mais adequadas, nas pontuações, procurando o tom e o ritmo mais adequados a cada frase, o olhar direcionado à platéia. Com uma leitura bem feita, o professor pode pedir opinião dos alunos e a produção de sentidos se faz. “Cada uso individual e momentâneo da língua constitui o que chamamos de registro” e o aluno é levado a perceber que isso ocorre em momentos da nossa convivência com as pessoas em espaços diferenciados. Isso é evidenciado no trabalho com o texto sugerido para análise.
Passamos às orientações gerais: sugestão de leitura dos seguintes materiais de apoio: Modelo de sequência didática, Texto: Literatura como leitura na escola (artigo sobre o ensino da literatura), Poesia como estratégia. Dizer da disponibilidade de alguns materiais e se for do interesse de cada um, podem solicitar com a professora Formadora, são eles: “Sofrendo a gramática” (Perini)- “Ensinar ou não gramática na escola” (Ormezinda Maria Ribeiro), “A língua de Eulália”(novela sociolingüística), “A diversidade lingüística e os textos de Chico Bento”, entre outros, é só procurar.
Como sempre, fizemos a avaliação da oficina e todos os cursistas se colocaram. Nas falas, demonstram bastante interesse nas atividades de formação que o programa exige. Vale ressaltar, a formação não está acontecendo como imposição, mas por vontade individual de cada professor e fazem isso com compromisso e principalmente por prazer.
Para finalizar, apresentei algumas frases com problemas de coerência “Frases de jornais”, num tom de humor, mas perfeitamente possível de acontecer. E no contexto da variação lingüística, apresentei em slide “Abraço mineiro” ( Ao final , nos abraçamos, como forma de estreitar a relação formadora/cursista, e cursista/cursista) . Acredito nessa aproximação, e isso facilita o desenvolver das atividades, uma vez que sempre me coloco como mediadora nesse processo (todos podem ensinar e aprender juntos).






Para refletir...

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.
Um Pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular como um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético
de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era BITRANSITIVA
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas
expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia matei-o com um objeto direto na cabeça.

(Paulo Leminski, "O assassino era o escriba". In Caprichos & Relaxos)





































































Um comentário:

  1. Quem é a professora Erenil!


    É uma professora que acorda cedo, sai às pressas
    para chegar na hora certa,independente da distância na escola ele ensina esperando que cada dia faça um ser com pensamento aberto,Se dedica com amor à profissão que abraçou,pois desde cedo queria ter um espaço na vida
    e ser um grande professora.Aqui fica o meu recado,por tudo, muito obrigado,pelo que foi ensinado por você, meu professor.Ontem aquelas crianças hoje já são adolescente e a mim por ter aprendido muito com sua generosidade e seu carinho.Sucesso...
    Professora Conceição Porto Portugal.

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