segunda-feira, 28 de setembro de 2009

TP 6 Oficina e práticas -unidades 23 e 24

Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres-MT - Pólo Tangará da Serra
Data: 26/09/2009

































Oficina e práticas TP 6 unidades 21 e 22

Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres -MT- Pólo Tangará da Serra
Data: 12/09/2009

A argumentação e o Processo de Produção Textual em discussão: reflexão nas práticas pedagógicas.


No dia 12 de setembro, Sábado, período matutino, o grupo de professores cursistas e a professora formadora reuniram-se para discutirem e refletirem juntos alguns aspectos do trabalho com a argumentação e o Processo de Produção Textual: Planejamento e escrita.
O grupo tem demonstrado muito interesse e envolvimento nas oficinas e isso nos estimula para a continuidade do trabalho. Iniciamos nosso encontro com uma mensagem de Rubens Alves, “O ato de educar”. Nesse momento, procuramos pensar um pouco em relação à idéia que a mensagem nos passa. Assim direcionei uma discussão acerca do ato de educar no sentido de levá-los a perceber que ele perpassa o trabalho com o desenvolvimento das habilidades e competências no processo ensino-aprendizagem.
Após essa reflexão, passamos a discutir os objetivos das unidades em estudo. Daí, retomamos o conceito de argumentação de forma geral, baseado nos autores citados na TP, assim como outros, citamos abordagens trazida por KOCH , I. G. V. (Discurso e Argumentação. Argumentação e Linguagem, 1984), (A articulação entre orações, 1995), (O texto e a construção de sentidos,1997). Após essa sistematização, propus a realização da leitura do texto “Argumentação” do “Ampliando nossas referências”- Adaptado de Platão e Savioli, F &Fiorin, J.L. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1996. Em grupo, fariam algumas abordagens voltadas para essa leitura com base nas questões propostas. Essa atividade tinha como objetivo levá-los a refletir sobre o aspecto da argumentação e perceber como são construídos os tipos de argumentação. Fizeram e socializaram para os demais, assim foi-se consolidando o conceito e a importância desse na produção de textos argumentativos.
Ainda dando sequência, para ficar mais claro toda essa discussão sobre argumentação, destacamos em slide alguns aspectos das unidades em estudo, sempre exemplificado com as atividades trazidas pela TP. Nesse momento, exploramos bem a importância de um planejamento em todas as ações pedagógicas, principalmente quando o assunto é a leitura e escrita (a produção de texto), ou seja, toda uma sequência didática. Assim, os cursistas puderam perceber que toda e qualquer atividade deve passar por um criterioso planejamento .
Em outro momento da oficina, os cursistas receberam orientação e encaminhamento da atividade da oficina das páginas 219, 220 e 221, no sentido de desenvolver uma crônica a partir de um trecho do texto de Moacyr Scliar, publicado em “O imaginário cotidiano”, o texto “Espírito Carnavalesco”. Baseado no estudo realizado, deveriam desenvolver um fechamento do texto, de forma que percebam as perguntas que podem ser feitas nesse processo de construção, anotando todos os elementos de planejamento e revisão durante a escrita. Devem socializar o texto e toda as anotações da etapa de construção do mesmo. Também devem pensar numa possibilidade da utilização desse texto em suas salas de aula, sempre pensando nos procedimentos a utilizar. Mas a socialização dessas atividades ficou para outro momento, uma vez que o tempo das oficinas acaba sendo pouco em função da riqueza que é toda a discussão proposta em cada uma delas, e por entender que uma atividade de planejamento requer um tempo maior para que essa seja bem pensada e preparada.
Nesse momento da oficina, passamos as nossas reflexões para a socialização das práticas desenvolvidas pelos cursistas em suas salas.
Houve aplicação das seguintes atividades: Página 23, partindo de um assunto de interesse dos alunos, em grupo cada um deveria definir a tese e quais argumentos usariam para comprová-la. Nessa atividade, teve destaque a desenvolvida pela professora Dirce. A referida cursista trabalha em uma escola rural e seus alunos têm pouco acesso a material de leitura. Por isso, para ajudar seus alunos, procurou levar para essa aula sugestões de vários assuntos utilizando recortes de revistas, jornais, textos publicitários (esses foram trazidos de forma bem expressiva com a linguagem verbal e não verbal), para que eles pudessem escolher um desses e assim produzir a argumentação para defender a tese escolhida. Esse trabalho ficou muito interessante, percebe-se pelas produções escritas, que utilizaram bem a questão da argumentação.
Outra aplicação foi da página 54, a partir de algumas sugestões de tema (tese), os alunos deveriam elaborar alguns textos argumentativos. Nessa atividade, a professora Sueli, extrapolou o que foi sugerido. Partiu de um projeto da escola (Projeto horta), para, a partir daí, propor a elaboração do texto argumentativo em que os alunos defenderiam com argumentos convincentes a importância dos alimentos da horta para a manutenção de uma boa saúde. Os alunos se envolveram e a produção dos textos ficou bem interessante, podemos perceber isso na leitura de algumas dessas produções no momento da socialização na oficina.
Essa aplicação teve um bom número de cursistas envolvidos. Propuseram desenvolver a mesma atividade com sua turma, a da página 91. Essa deveria ser uma atividade de escrita antecedida por uma de planejamento, os alunos teriam que defender um ponto de vista baseado num evento que marcou sua vida. Nessa atividade tiveram participação das professoras Andréia, Eunice, Núbia e Robson. Para essa atividade, segundo os professores, foi muito importante a sequência de perguntas elaboradas pelo professor para ajudar o aluno em sua produção textual: “a sequência de questionamentos é muito importante para essa construção”. Todas as colocações dos professores foram positivas, mas gostaria de destacar o trabalho desenvolvido pela professora Eunice que conseguiu fazer com seus alunos percorressem todas as etapas de construção e seus alunos puderam rever seus textos por várias vezes até que o mesmo tivesse bom, contemplando os elementos essenciais num texto.
No momento de avaliação, os relatos em relação a formação continuada do Gestar é bem positiva, o que no início era tido como uma certa imposição, hoje há um envolvimento por prazer no programa, os cursistas procuram cumprir com todas as orientações repassadas a eles e a cada encontro nas oficinas. Isso fica claro nas colocações feitas. Há um pedido de continuidade de acompanhamento para que as discussões possam ser retomadas no próximo ano e que outras atividades venham a ser desenvolvidas com os alunos e que essas tivessem um momento para discuti-las numa oficina de formação.
Ainda, voltei a destacar a importância da leitura dos textos do Ampliando Nossas Referências e a realização das atividades. Também a realização de algumas leituras sugeridas. Para aprofundamento, Indiquei o livro “A arte de argumentar” de Suárez Abreu.
E para finalizar, agradeci a presença e envolvimento de todos e encaminhei o estudo para próxima oficina: O processo de produção textual: revisão e edição, Literatura para adolescentes.









sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Relatório Reflexivo TP 5 Unidades 19 e 20

Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres-MT Pólo: Tangará da Serra
Data: 29/08/2009

Costurando o texto

O encontro de encerramento do TP 5-unidades 19 e 20 (Caderno de Teoria/prática) aconteceu no dia 29 de agosto, no período da manhã nas dependências da Escola Municipal Guiomar de Campos Miranda. A reflexão inicial se deu com um poema de Carlos Drumond de Andrade “Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças”. Nesse poema, o autor nos leva a pensar numa escola que proporcione aos educandos meios para uma formação plena, com professores bem preparados. O texto não é apenas um amontoado de palavras ou sequência de frases. Sendo assim, faz-se necessário conhecer alguns termos ou palavras que formam os mecanismos textuais: a coesão textual. É esse o propósito dessa oficina. Primeiro, baseado no texto “coesão textual” de Maria Luiza Monteiro Sales Coroa, refletimos sobre a diferença entre coerência e coesão. Enquanto a primeira “combina” os textos no seu exterior, com a situação sócio-comunicativa, com suas finalidades, com seu contexto”, a segunda “combina” os textos no seu interior, ligando as partes de maneira a formar um todo. Esses dois aspectos de construção textual - a coerência e a coesão, são responsáveis pela interpretação significativa e coerente de um texto. A partir das considerações colocadas anteriormente, exploramos e vivenciamos situações de uso de algumas palavras responsáveis pela organização das ideias, ou seja, os recursos linguísticos que orientam a construção da continuidade de sentidos. A título de exemplificação, segue algumas dessas situações Baseados em Para entender o texto-leitura e redação (PLATÃO E FIORIN, 1995), acrescentei alguns exemplos. Assim, desse modo: têm um valor exemplificativo e complementar. A sequência introduzida por eles serve normalmente para explicitar, confirmar ou ilustrar o que se disse antes. O Governador resolveu não comprometer-se com nenhuma das facções em disputa pela liderança do partido. Assim, ele ficará à vontade para negociar com qualquer uma que venha a vencer. E assim prosseguiu com outros exemplos usando as seguintes palavras: E, Ainda, Aliás, além do mais, além de tudo, além disso, Isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras, mas, porém, contudo e outros conectivos adversativos, embora, ainda que, mesmo que, entre outros sempre com exemplos de uso dos mesmos. Segundo os autores mencionados, esses elementos não são formas vazias que podem ser substituídas entre si, sem nenhuma conseqüência. Pelo contrário, são formas lingüísticas portadoras de significado e exatamente por isso não se prestam para ser usadas sem critério. A coesão do texto é afetada quando se usa o elemento de coesão inadequado. Salientei que a coesão é parceira da coerência nos objetivos de fazer um texto ter sentido porque ela colabora para interpretação ou leituras de um texto, segundo o TP. Daí a importância de levar os alunos a se envolverem em atividades nas quais possam vivenciar o uso dos elementos coesivos, nas situações reais de produção textual. Após todas as considerações do estudo em pauta, propus, a partir de um parágrafo elaborado, e mais uma sequência de três parágrafos cada um desses com conectivo inicial, para que os mesmos produzissem, em duplas, argumentos para cada um deles de maneira que formasse um todo coerente. A princípio foi um desafio, sentiram-se de certa forma com dificuldades, entretanto, todos deram conta da tarefa. Assim, socializaram suas produções, e na medida em que isso acontecia, os demais tanto os colegas quanto a formadora, teciam comentários no sentido do significado da mensagem, a clareza da mesma com o uso dos conectivos de forma adequada. Aproveitamos o momento, discutimos e refletimos sobre algumas formas de atividades que possam ser desenvolvidas em sala, explorando o uso dos conectivos. Aqui destaquei a riqueza dessas atividades trazidas como proposta no TP, além de uma realizada por nós formadores com a professora Tamar, “a construção coletiva de um texto com figuras diversificadas”. A partir desse momento, vivenciamos a socialização das práticas o nosso “Avançando na Prática”. Houve aplicação de quatro atividades diferenciadas. As professoras Gláucia e Núbia planejaram e aplicaram com suas turmas as atividades das páginas 196 e 197; Segmentar um texto em partes para que os alunos em grupos possam “reconstruí-lo ” com sequência lógica. Os depoimentos foram positivos, mas segundo os relatos , alguns alunos encontraram certa dificuldade em organizar o texto, entretanto é unânime a certeza da importância de atividades como estas. Interferi no sentido de fazê-los pensar que a atividade pode ser retomada em vários momentos do dia-a-dia do contexto escolar, e outro aspecto é considerar outras possibilidades de construção lógica do mesmo texto. Outra aplicação foi a das páginas 212, 213 e 214 pelo professor Robson, com a crônica Dona Custódia de Fernando Sabino, que trata de relacionamentos pessoais e sociais. Esse texto num primeiro momento ficaria somente de posse apenas do professor, que teria como missão separar a sala em grupos e preparar descrições físicas e psicológicas de Dona Custódia, empregando apenas frases negativas, lendo ou teatralizando a descrição. Daí, cada grupo escreveria e socializaria o que entendeu que seria Da. Custódia, física e psicologicamente, escolhendo um relator para a tarefa, esse leria para a classe sua descrição. Segundo o relato do professor, alguns fugiram um pouco daquilo que foi passado em relação a Da. Custódia, por isso houve algumas retomadas, após foi mostrado aos alunos o texto inteiro e assim foi oportunizado relacionar aquilo que escreveram com o texto original. As professoras Andréia e Dirce, planejaram e aplicaram as atividades das páginas 130, 131, 133 e 134, a sugestão de explorar os elos de coesão ao tecer um texto em mais de um texto sobre um determinado aspecto do tema “meio ambiente”, numa produção conjunta, explorando bem os mecanismos de coesão, como por exemplo, a retomada de substantivos por pronomes, substantivos e advérbios resumindo idéias etc... O professor também deveria dar pistas para que a continuidade de idéias fosse (re) construída adequadamente pelo leitor. Na socialização dessa aplicação, percebe-se o empenho de cada uma das professoras para que seus alunos realmente percebam o uso dos elementos coesivos e passam a usá-los de forma plena. Salienta-se que a realidade vivenciada por essas professoras é bem precária em relação ao acesso aos materiais de leitura, uma vez que é uma escola na zona rural, onde nem sequer tem uma biblioteca, computador entre outros meios. Daí a importância de um trabalho de muita responsabilidade no sentido de fazer que esses alunos realmente se apossem de forma competente da leitura e escrita. Apresentaram seus relatórios reflexivos, socializaram alguns textos produzidos e fotos desse trabalho. Na discussão, evidencia-se o avanço significativo na aprendizagem a cada etapa vivenciada. Ainda por último, a professora Eunice, aplicou com sua turma a atividade de produção de um artigo científico. Para o desenvolvimento dessa atividade, levou seus alunos a se familiarizarem com esse tipo de texto, trazendo para eles vários temas em forma de artigo científico. Somente após toda essa sistemática, envolveram-se numa produção coletiva desse tipo de texto. Trouxe para a oficina os textos produzidos, que por sinal, ficaram bem elaborados mantendo sempre a coesão e a coerência dos mesmos. A mensagem foi passada de forma clara. Num momento de chamamento para a importância de extrapolar o TP, orientei sobre a importância de estarem buscando outras leituras, principalmente as que são sugeridas no próprio material do gestar. Levei para a oficina dois dos livros indicados: KOCH, I. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 1989 e PLATÂO e FIORIN. Para entender o texto-leitura e redação. São Paulo: Ática, 1995. Em síntese, a avaliação da formação continuada do Gestar, o que se percebe nas reflexões dos professores cursistas, nas atividades dos alunos e nas colocações de alguns gestores das escolas, segundo o nosso CEFAPRO, é bem positiva. Isso é muito gratificante e nos faz pensar que realmente nossa semente está germinando e frutificando em práticas reflexivas onde a ação/reflexão/ação já são integrantes desse processo. Isso é visível na postura de cada profissional envolvido no programa. O que parecia coisa de outro mundo, algo muito distante, hoje cada cursista sente-se cada vez mais empenhado no seu fazer pedagógico. E muitos além de desenvolver uma das práticas do Avançando na Prática, exigidas para o momento da oficina, acabam por trabalhar mais que uma com sua turma. A reflexão que sempre é colocada nos encontros é a seguinte: “não dá para pensar em formação de apenas um ano” e por isso, é um pedido dos cursistas, que ela seja pensada num processo contínuo, com uma sistemática de trabalho, sendo feito esse acompanhamento que está acontecendo nesse momento com o programa. Como eles próprios colocam, no início houve certa dificuldade de aceitação anteriormente ao conhecimento de toda a didática do programa, mas que isso hoje é coisa do passado, o que mais querem é continuar discutindo e refletindo suas práticas, no entanto de forma organizada e pensada como a formação proporcionada pelo gestar. Finalizamos com os encaminhamentos para próxima oficina e uma conversa sobre a possibilidade de um passeio ao pantanal, uma vez que poucos conhecem de perto essa realidade de nosso Estado. O grupo ficou entusiasmado com a sugestão, e a partir de um projeto, com certeza, concretizaremos essa ideia.








Hora boa! Hora do Lanche!


Orientações de Projeto de Pesquisa

Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres-MT Pólo: Tangará da Serra
Data: 18/08/2009













quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Relatório Reflexivo Unidades 17 e 18 Tp 5
















Professora Formadora: Erenil Oliveira Magalhães
Barra do Bugres-MT Pólo: Tangará da Serra
Data: 11/07

Estilos e estilos... Coerência: uma construção necessária



























Estamos aqui mais uma vez, educadores na busca do aperfeiçoamento profissional e na luta por uma educação melhor. Inicialmente como de costume, nossa oficina ocorreu com alguns instantes de reflexões através de uma mensagem, “As sementes”, que traz como ideia central “semear sempre”, principalmente na educação. O tempo trará os frutos dessa ação, é essa a missão do educador. Dando sequência, discutimos os objetivos das unidades em estudo, (A estilística e a coerência textual). Nesse momento, retomamos em Slide no datashow detalhadamente um resumo dos pontos relevantes, promovendo sempre discussões acerca dos conceitos. Alguns cursistas colocaram suas dúvidas, questionamentos, e assim, aconteceram as trocas e a consolidação dos saberes. No que se refere ao estilo, propus que cada cursista fizesse a narração de um gol numa partida de futebol, seguindo as peculiaridades de cada um: O narrador objetivo, o econômico, o matemático, o rabugento, o caipira. Puderam evidenciar dessa forma que cada um é cada um e o estilo é a expressão de uma experiência individual “Cada um é cada um” (páginas 15 e 16). Foi muito divertido ver cada um incorporar um personagem. Participaram com muito entusiasmo e tiveram a percepção que, na estilística, a linguagem é usada com a finalidade de persuasão. Exploramos e vivenciamos o estilo tanto no plano sonoro quanto no plano da palavra e esses recursos são formas de valorizar o texto. Sobre a coerência, exploramos a imagem da página 71 texto verbal e não verbal, procurando pistas, pistas essas que não são de natureza lingüística, a leitura de imagens – Coerência: compatibilidades entre as partes do todo. Na página 78 e 81, atribuição de coerência, mesclando textos verbais e não verbais, a construção da coerência textual página 83, reflexões voltadas para a atividade 7. Assim à medida que a discussão avançava, os cursistas vivenciaram formas de explorar a coerência em algumas atividades com seus alunos. Salientei que as charges são riquíssimas para análise e um trabalho de construção de coerência. Com o texto de abertura da unidade, de Maria Luiza Monteiro Sales Coroa (coerência textual), fica evidente que no trabalho com a coerência, deve-se visualizar que ela se dá com a interligação harmoniosa entre as partes de um todo, e segundo ela, isso vale para qualquer todo. Ainda se tratando do aspecto da coerência, vale ressaltar o que Dias 2003, nos afirma. Segundo ele, é importante relacionar o conceito de articulação válidos para a biologia, também ao estudo da linguagem, uma vez que essa abordagem permite ao professor, “aos poucos mostrar o que tem de comum e o que tem de diferente nas duas áreas de estudo”. A idéia de organicidade das estruturas no estudo da anatomia humana é pouco para a compreensão do todo, é só o ponto de partida, pois na linguagem, requer uma interligação com a dimensão enunciativa e dessa forma se dá o entendimento total do enunciado. Continuando, como proposta de atividade a ser desenvolvida nessa oficina, os cursistas fariam a análise do texto verbal e não verbal da página 255, Furnas, Uma Empresa cada vez mais VERDE, AMARELO, AZUL E BRANCO, tendo como foco, a construção de coerência em um texto publicitário. Alguns pontos considerados na análise: a coerência textual de um texto publicitário é construído através da relação que se tem do conhecimento sociocomunicativo; da imagem e da palavra, a imagem e a palavra devem estar em harmonia. O texto publicitário em pauta tenta convencer o leitor que a empresa investe em tecnologias e ações sociais para um desenvolvimento sustentável, ou seja, ela tira energia da natureza, mas se preocupa em devolvê-la, isso fica evidenciado no jogo de palavras e imagens (a empresa quer através da persuasão vender o seu peixe), “ a preocupação com a natureza” é destacada pelas palavras verde, amarelo azul e branco, o verde representando a flora, azul as águas, amarelo as riquezas minerais e produção agrícola como a soja e o milho e o branco simbolizando um pedido de paz. Vivenciamos momentos riquíssimos de reflexões, cursistas e formadora, e cada um avaliou de maneira positiva essa atividade. Na socialização das práticas, (transposições didáticas), os cursistas apresentaram relatórios oralmente e por escrito, fotos e atividades dos alunos, na oficina. Nesse momento é que eles se soltam e falam com grande entusiasmo. Houve algumas aplicações da atividade da página 82, “jogos de quebra cabeças” com figuras, frases, com o intuito de procurar pistas e tornar a imagem coerente. Nos relatos, disseram que os alunos gostaram dessa forma diferente de vivenciar os conceitos, de forma criativa e que compreenderam bem a importância do manuseio das partes para compor um todo coerente. Outros levaram para seus alunos a atividade a atividade da página 105, para que os mesmos desenvolvessem habilidades que permitam a construção da coerência textual, dessa vez com as tirinhas, e segundo os relatos, os alunos adoraram pintar e ilustrar a tirinha, mas quanto ao desenvolvimento do tema, o desafio foi grande, principalmente na organização do raciocínio, sequência, produção de sentidos. No entanto, com o auxílio sempre presente do professor o objetivo foi alcançado, o desafio agora segundo alguns cursistas é vivenciar as atividades com todas as turmas, pois uma turma fica cuidando da outra e cobrando do professor para que desenvolva também com eles o que trabalhado da outra sala. Ainda, teve aplicação da página 24, que propuseram analisar alguns estilos na maneira de se vestir na arquitetura, gravações de locutores esportivos, cantores, orquestras, ou seja, os estilos diversos, ( o uso do estilo para gerar um efeito de sentido), o relato foi bem interessante. Finalizando, fizemos uma avaliação do trabalho nessa oficina e de forma geral, e segundo os depoimentos, a cada encontro, fica a certeza que o programa está fazendo a diferença nas práticas pedagógicas de cada cursista e na aprendizagem dos alunos. Destaquei a importância de ler os resumos das leituras sugeridas, além de buscar essas leituras. Com isso, poderão ampliar o repertório de leitura. Num momento de descontração, lemos a fábula “A cigarra e a formiga” numa nova versão em forma de humor, relacionando o tema trabalho, mas que, dessa vez, quem leva a melhor é a cigarra ( a idéia é que façamos sempre um pouquinho de cada coisa, trabalhar, estudar,mas não se esquecer do lazer, amizades, há espaço pra tudo, é só saber dividir). Enfim, damos os encaminhamentos gerais para o próximo encontro.